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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O tratamento da tuberculose

Primeiramente, é importante apontar que a tuberculose é uma doença curável em praticamente todos os casos novos sensíveis aos medicamentos antituberculose, mas é fundamental o rigor na obediência à terapêutica medicamentosa. Os princípios fundamentais para o tratamento da tuberculose são o uso adequado das associações medicamentosas, as doses corretas e o uso por tempo suficiente. Com isso evita-se a persistência bacteriana e o desenvolvimento de resistência aos fármacos (BRASIL, 2010).

Antes de descrever o tratamento da tuberculose, é primordial que o profissional da saúde saiba que passar a informação ao paciente é essencial.  É essência explicar a ele sobre sua doença, a importância do uso dos medicamentos e as graves consequências oriundas de uma interrupção ou o abandono do tratamento. Também é interessante transmitir a informação à família do paciente, estabelecendo uma cooperação mútua.

Para a escolha do esquema terapêutico é necessário verificar se o paciente é um caso novo ou virgem de tratamento, ou se é caso de retratamento, ou seja, um paciente que já tenha sido tratado para tuberculose, de forma incorreta, por mais de 30 dias (Brasil, 2010)

O tratamento da tuberculose é fundamentalmente realizado com antimicrobianos. Os esquemas atualmente utilizados são compostos pelos seguintes medicamentos: isoniazida, rifampicina, pirazinamida, etambutol. Eventualmente, podem ser usadas a estreptomicina, que é um antimicrobiano para casos exclusivos de resistências aos convencionais, e a etionamida, que é um fármaco de segunda linha e pode fazer parte do esquema terapêutico, dependendo do potencial de resistência e do histórico terapêutico. No manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil de 2010 é preconizado iniciar o tratamento com a fase intensiva que dura 2 meses. Nesta fase se faz a utilização dos fármacos rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol, que são os de maior ação bactericida. A partir do segundo mês, inicia-se a fase de manutenção,  na qual se utiliza rifampicina e isoniazida.

Tanto o tratamento de pacientes adultos como pediátricos seguem o mesmo esquema de terapêutica apenas mudando a dose dos fármacos que serão utilizados, respeitando-se o peso corpóreo.

De maneira geral, a orientação base da administração dos fármacos é ser preferencialmente em jejum, 1hora antes ou 2horas após o café da manhã, em uma única tomada (BRASIL, 2010; HIJJAR, 2001).

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil. Brasília, 2010. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_de_recomendacoes_controle_tb_novo.pdf>. Acesso em: 19 out. 2011.

HIJJAR, M. A. et al. A tuberculose no Brasil e no mundo. Rio de Janeiro,  v. 9,  n. 2, dic.  2001 .   Disponível em: <http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-460X2001000200003&lng=es&nrm=iso>. Acesso em  19  out.  2011.

Texto original de Renato Mateus Fernandes e Thiago Weller Mitsuo Oyakawa

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