Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), qualquer fármaco, por ser uma substância estranha ao organismo traz algum risco potencial ao ser administrado, mesmo em doses usuais.
Analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios são amplamente utilizados em função de sua reconhecida eficácia e segurança. Entretanto, esses medicamentos podem causar eventos adversos graves, quando ingeridos em altas doses.
O Paracetamol é um analgésico-antipirético que possui ação antipirética alta, analgésica média e antiinflamatória baixa. Atualmente é o analgésico mais utilizado devido ao seu baixo custo. É um medicamento de venda livre, comercializado na forma de cápsulas, drágeas ou comprimidos de 500 a 750mg cada e também de gotas ou solução,xarope, sozinho ou em associações. (OLIVEIRA et al,2007)
O consumo indiscriminado de paracetamol pode ser um problema no tratamento da dengue, já que é o medicamento de escolha, preconizado pelo Ministério da Saúde; porém é necessário se atentar à dose administrada, pois se tratando de um fármaco de ação analgésica média é comum os pacientes não seguirem arrisca a posologia ,onde é recomendado para adultos e crianças acima de 12 anos,a administração de 750mg VO, 4 vezes ao dia,não ultrapassar 4g/dia;para crianças o recomendado é 10mg a 15 mg/kg/ até 5 vezes ao dia e não exceder 2,6g/dia.
Em adultos e adolescentes, pode ocorrer hepatotoxicidade após a ingestão de mais que 7,5 a 10 g em um período de 8 horas ou menos (WANNMACHER, 2005).
Alguns fatores como idade, deficiência, dieta pobre, estado nutricional, alcoolismo ou associação com certas drogas, como barbitúricos,podem aumentar a susceptibilidade a esta substância. Os sinais e sintomas iniciais que se seguem a uma dose potencialmente hepatotóxica de paracetamol são: náusea, vômito, sudorese intensa e mal estar geral. Os sinais clínicos e laboratoriais de toxicidade hepática podem não estar presentes até 48 a 72 horas após a ingestão da dose maciça (BLANCO; TAMAYO, 2002)
O profissional farmacêutico deve conscientizar a população a fim de reduzir a automedicação e banalização do uso de paracetamol.
Em caso de suspeita de ingestão de altas doses de paracetamol, procure imediatamente um centro médico de urgência.
Paracetamol versus Dipirona: como mensurar o risco? Lenita Wannmacher [online]<ISSN 1810-0791 Vol. 2, Nº5 Brasília, abril de 2005. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/novo_paracetamol.pdf>. Acesso em: 12 de março de 2012.
SEBBEN et al. Validação de metodologia analítica e estudo de estabilidade para quantificação sérica de paracetamol Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v46n2/a12v46n2.pdf>. Acesso em 11 de março de 2012.
OLIVEIRA et al Os Antiinflamátorios Não-Hormonais <pratica hospitalar Ano IX n°51 mai/jun 2007>disponível em http://www.praticahospitalar.com.br/pratica%2051/pdfs/mat%2027.pdf ,acesso em 15 de março de 2012.