Interações medicamentosas: o papel da glicoproteína P
A glicoproteína P é o mais conhecido dos transportadores de efluxo transmembrana e foi descoberta na década de 70 como causa de ultrarresistência de células cancerosas.
A função da glicoproteína P é proteger o corpo de substâncias nocivas por:
• Remoção de drogas absorvidas nos intestinos de volta a luz intestinal
• Manter a integridade da barreira hematoencefálica
• Remoção de drogas dos rins e fígado para a urina e bile, respectivamente.
A função da glicoproteína P é proteger o corpo de substâncias nocivas por:
• Remoção de drogas absorvidas nos intestinos de volta a luz intestinal
• Manter a integridade da barreira hematoencefálica
• Remoção de drogas dos rins e fígado para a urina e bile, respectivamente.
Glicoproteína P e interações medicamentosas
A glicoproteína P é parcialmente responsável pela eliminação de medicamentos através dos sistemas renal e hepático. Este sistema de transporte ativo é saturável e pode ser inibido ou induzido, podendo ocorrer interações fármaco-fármaco e fármaco-nutriente.
A localização no corpo da interação mediada pela glicoproteína P varia e é importante para determinar se uma interação é plausível ou clinicamente relevante.
Por exemplo, a interação entre loperamida e quinidina é devido à inibição da glicoproteína P na barreira hematoencefálica, resultando em efeitos adversos no sistema nervoso central.
A interação entre digoxina e verapamil ocorre nas glicoproteínas localizadas no fígado e rins, reduzindo a excreção de digoxina.
As propriedades farmacocinéticas de um medicamento também podem ser influenciadas pelas interações da glicoproteína P. Medicamentos que tenham absorção quase completa no trato gastrointestinal são menos suscetíveis à interações com inibidores da glicoproteína P. Claro que interações da glicoproteína no trato gastrointestinal são irrelevantes para medicamentos administrados por via intravenosa. A interação entre o cetoconazol e o dabigatrana ocorre no intestino e resulta em aumento da absorção do etexilato de dabigatrana.
A localização no corpo da interação mediada pela glicoproteína P varia e é importante para determinar se uma interação é plausível ou clinicamente relevante.
Por exemplo, a interação entre loperamida e quinidina é devido à inibição da glicoproteína P na barreira hematoencefálica, resultando em efeitos adversos no sistema nervoso central.
A interação entre digoxina e verapamil ocorre nas glicoproteínas localizadas no fígado e rins, reduzindo a excreção de digoxina.
As propriedades farmacocinéticas de um medicamento também podem ser influenciadas pelas interações da glicoproteína P. Medicamentos que tenham absorção quase completa no trato gastrointestinal são menos suscetíveis à interações com inibidores da glicoproteína P. Claro que interações da glicoproteína no trato gastrointestinal são irrelevantes para medicamentos administrados por via intravenosa. A interação entre o cetoconazol e o dabigatrana ocorre no intestino e resulta em aumento da absorção do etexilato de dabigatrana.
Relevância clínica das interações mediadas pela glicoproteína P
Até recentemente, apenas a digoxina e o beta bloqueador talinolol haviam sido identificados como medicamentos que são substrato pra glicoproteína P, mas não metabolizados pelo citocromo P450.
Dabigatrana é um anticoagulante que também é conhecido por ser afetado pela glicoproteína P. O etexilato de dabigatrana é um pró-fármaco convertido para forma ativa (dabigatrana) após a absorção pelo trato gastrointestinal. O etexilato de dabigatrana é um substrato para glicoproteína P, mas a sua forma ativa não é.
Como o etexilato de dabigatrana é rapidamente convertido pelas esterases plasmáticas e hepáticas em sua forma ativa, a glicoproteína P interage apenas no trato gastrointestinal. Isso significa que a significância clínica das interações com potenciais inibidores é variável. Por exemplo, enquanto a claritromicina aumenta a concentração sérica de digoxina (sítio de interação renal), não há relevância clínica na interação com dabigatrana (sítio de interação gastrointestinal).
As interações com glicoproteínas, normalmente não alteram as concentrações plasmáticas como as interações das CYP450. Até a aprovação da dabigatrana, essas interações foram clinicamente relevantes para digoxina, que tem um baixo índice terapêutico. Consequentemente muitos estudos sobre interações tem sido realizados sobre a digoxina. Até a data apenas quarto substâncias foram reportadas por provocar mudança maior do que duas vezes a concentração de digoxina C>Max ou AUC devido a uma interação com glicoproteína P: valspodar, quinidina, amiodarona e ciclosporina.
Exemplos de medicamentos que podem ser afetados ou transportados pela glicoproteína P estão listados na tabela 2.
Os profissionais da saúde são aconselhados a consultar as informações disponibilizadas no site MedSafe para checar se as possíveis interações são clinicamente relevantes.
Os profissionais da saúde também são lembrados de reportar todas as suspeitas de interação fármaco-fármaco e fármaco-nutriente ao Centro de Monitoramento de Reações Adversas.
Dabigatrana é um anticoagulante que também é conhecido por ser afetado pela glicoproteína P. O etexilato de dabigatrana é um pró-fármaco convertido para forma ativa (dabigatrana) após a absorção pelo trato gastrointestinal. O etexilato de dabigatrana é um substrato para glicoproteína P, mas a sua forma ativa não é.
Como o etexilato de dabigatrana é rapidamente convertido pelas esterases plasmáticas e hepáticas em sua forma ativa, a glicoproteína P interage apenas no trato gastrointestinal. Isso significa que a significância clínica das interações com potenciais inibidores é variável. Por exemplo, enquanto a claritromicina aumenta a concentração sérica de digoxina (sítio de interação renal), não há relevância clínica na interação com dabigatrana (sítio de interação gastrointestinal).
As interações com glicoproteínas, normalmente não alteram as concentrações plasmáticas como as interações das CYP450. Até a aprovação da dabigatrana, essas interações foram clinicamente relevantes para digoxina, que tem um baixo índice terapêutico. Consequentemente muitos estudos sobre interações tem sido realizados sobre a digoxina. Até a data apenas quarto substâncias foram reportadas por provocar mudança maior do que duas vezes a concentração de digoxina C>Max ou AUC devido a uma interação com glicoproteína P: valspodar, quinidina, amiodarona e ciclosporina.
Exemplos de medicamentos que podem ser afetados ou transportados pela glicoproteína P estão listados na tabela 2.
Os profissionais da saúde são aconselhados a consultar as informações disponibilizadas no site MedSafe para checar se as possíveis interações são clinicamente relevantes.
Os profissionais da saúde também são lembrados de reportar todas as suspeitas de interação fármaco-fármaco e fármaco-nutriente ao Centro de Monitoramento de Reações Adversas.
Tradução própria
Texto original disponível em: http://www.medsafe.govt.nz/profs/PUArticles/P-glycoproteinSept2011.htm
Texto original disponível em: http://www.medsafe.govt.nz/profs/PUArticles/P-glycoproteinSept2011.htm